Para ti pai...partilho o poema, de Eugénio de Andrade, que enviaste no dia dos meus anos, o primeiro que passei longe de ti, de vocês.
Que soldado tão triste esta chuva
sofre as sílabas escuras do outono
sobre o Tejo as últimas barcas
sobre as barcas uma luz de desterro.
Já foi lugar de amor o Tejo a boca
as mãos foram já fogo de abelhas
não era o corpo dessa amarga
pedra do fio
Sobre o Tejo cai a luz das fardas
é tempo de dizer adeus.
1 comentário:
e hoje choveu e, nem por isso o Tejo perde a sua beleza e encanto.
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