domingo, 3 de fevereiro de 2008

Entre postais...

Para ti pai...partilho o poema, de Eugénio de Andrade, que enviaste no dia dos meus anos, o primeiro que passei longe de ti, de vocês.



Que soldado tão triste esta chuva
sofre as sílabas escuras do outono
sobre o Tejo as últimas barcas
sobre as barcas uma luz de desterro.


Já foi lugar de amor o Tejo a boca
as mãos foram já fogo de abelhas
não era o corpo dessa amarga
pedra do fio


Sobre o Tejo cai a luz das fardas
é tempo de dizer adeus.

1 comentário:

O MEU OLHAR disse...

e hoje choveu e, nem por isso o Tejo perde a sua beleza e encanto.