sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A dúvida

Tu és a dúvida a apoderar-se dos cantos meus,
das feridas cicatrizadas de um vermelho vivo,
ainda frio.
Chegas rodopiando em pontas,
num moviento suave com a brisa perfumada. A tua.
A dúvida. A consciência da dúvida...
Tu, em todos os recantos meus.
Eu, a abrir-te a porta: de uma madeira pesada, com cheiro. O meu.
O medo e o frio que a atravessa.
Tu, do outro lado da porta e,
em todos os cantos e recantos meus.
E eu, imóvel, à porta...

3 comentários:

O MEU OLHAR disse...

Abre essa porta, a dúvida dissipar-se-á e farás a catarse nos teus cantos e recantos…

na escolinha de são lázaro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
na escolinha de são lázaro disse...

"imóvel, à porta...a duvida permanece
a um passo, a um passo de tudo."

p.s. o comentário eliminado era meu, pois não te quis deixar simplesmente um sorriso.